7 de jun. de 2011

MENINAS

Conheci a Veronika indo para a escola, lembro como se fosse hoje:
Entrei no ônibus e fui fuzilada pelo seu olhar e ah que olhar. Eu nunca tinha sentido nada por garotas até aquele dia. Ela me olhou dos pés a cabeça, sai do ônibus até meia tonta, pensei nela o dia inteiro. Até q os dias passaram e a encontrei no orkut, nem sabia como agir e fui logo adicionando. Trocamos msn, ela disse q era bi mais q tinha namorada, fiquei feliz e ao mesmo tempo triste.
Conversávamos todas as noites. Até q um dia ela me convidou para ir a uma balada com os amigos dela, topei na hora. Chegando lá conheci a namorada, até aí tudo bem, chamei a Vê pra dançar, levei ela lá pro meião onde a namorada não pudesse ver.
Dançamos juntinhas, corpo com corpo, rosto com rosto, mexendo devagar os quadris, até chegar no boca na boca. Ela me provocava passava os lábios nos meus, molhavá-os e tornava a colocá-los nos meus. Já estava louca de tesão, sentia sua respiração calma, aquele corpo quente junto ao meu.
Puxei ela para o banheiro e a beijei loucamente. Aí não aguentei fomos pra cabine. Fui beijando o seu pescoço, descendo cheguei na barriga, tirei a blusinha, fui despindo-a, beijando cada parte do seu corpo. Ela gemia baixinho falando palavras em inglês. Peguei ela pelas pernas, coloquei-a em meu colo, abri suas pernas lentamente e coloquei o dedo devagar fazendo movimentos circulares. Ela gemia de prazer, olhava em meus olhos mordendo os lábios e fazendo movimentos de vai e vem. Já com os pés no chão coloquei a lingua em sua vagina e fui brincando com o seu clitóris,passeando com a lingua chegando em seus grandes lábios, me deliciei neles enfiando e tirando a lingua rapidamente. Eu me deliciava ouvindo seus gemidos entre retorcidas de prazer.Tínhamos q ser rápidas, então nem demoramos tanto nessa “brincadeira”.
Saimos do banheiro com as bochecas rosadas pois recebemos alguns sorrisos de algumas meninas que estavam no banheiro. Ela me olhou e deu aquele sorriso safado e eu me segurei para não agarra-la novamente…
Ela voltou para os braços da namo, percebi uma leve discussão mais nada aconteceu.Fiquei no bar, uma outra menina me chamou para dançar,eu fui. Dançei olhando e provocando a Vê e ela fazia de tudo pra namo dela não ver.
Já indo de olta pra casa eu e a Vê fomos juntas já que ela morava muito perto da minha casa. Pedi para q ela me acompanhasse e ela aceitou. Quando entramos em casa já peguei ela pela cintura e levei-a para o meu quarto. Já com todo o tempo do mundo, despi-a lentamente e ela tb me despiu. Escorreguei com beijos por sua pele branca e novamente fomos um só ser entre gemidos e orgasmos.
Ela me colocou na ponta da cama sentou-se em meu colo e cavalgou devagarar até eu ficar bem excitada. Me deitou na cama e lambeu os meus seios descendo devagar passando pela minha barriga, escorregando pela minha virilha até chegar no paraíso. Lambeu meu clitóris auternando com o dedo em minha vagina. Tive um orgasmo rapidamente e foi a noite toda assim ela em mim e eu nela sem cobranças e sem arrependimentos.

PASSEIO NOTURNO II (Ruben Fonseca)

Eu ia para casa quando um carro encostou no meu, buzinando insistentemente. Uma mulher dirigia, abaixei os vidros do carro para entender o que ela dizia. Uma lufada de ar quente entrou com o som da voz dela: Não está mais conhecendo os outros? Eu nunca tinha visto aquela mulher. Sorri polidamente. Outros carros buzinaram atrás dos nossos. A Avenida Atlântica, às sete horas da noite, é muito movimentada. A mulher, movendo-se no banco do seu carro, colocou o braço direito para fora e disse, olha um presentinho para você. Estiquei meu braço e ela colocou um papel na minha mão. Depois arrancou com o carro, dando uma gargalhada. Guardei o papel no bolso. Chegando em casa, fui ver o que estava escrito. Ângela, 287-3594. À noite, saí como sempre faço.
No dia seguinte telefonei. Uma mulher atendeu. Perguntei se Ângela estava. Não estava. Havia ido à aula. Pela voz, via-se que devia ser a empregada. Perguntei se Ângela era estudante. Ela é artista, respondeu a mulher. Liguei mais tarde. Ângela atendeu. Sou aquele cara do Jaguar preto, eu disse. Você sabe que eu não consegui identificar o seu carro? Apanho você às nove horas para jantarmos, eu disse. Espera aí, calma. O que foi que você pensou de mim? Nada. Eu laço você na rua e você não pensou nada? Não. Qual é o seu endereço? Ela morava na Lagoa, na curva do Cantagalo. Um bom lugar. Estava na porta me esperando. Perguntei onde queria jantar. Ângela respondeu que em qualquer restaurante, desde que fosse fino. Ela estava muito diferente. Usava uma maquiagem pesada, que tornava o seu rosto mais experiente, menos humano. Quando telefonei da primeira vez disseram que você tinha ido à aula. Aula de quê?, eu disse. Impostação de voz. Tenho uma filha que também estuda impostação de voz. Você é atriz, não é? Sou. De cinema. Eu gosto muito de cinema. Quais foram os filmes que você fez? Só fiz um, que está agora em fase de montagem. O nome é meio bobo, As virgens desvairadas, não é um filme muito bom, mas estou começando, posso esperar, tenho só vinte anos. Na semi-escuridão do carro ela parecia ter vinte e cinco. Parei o carro na Bartolomeu Mitre e fomos andando a pé na direção do restaurante Mário, na Rua Ataulfo de Paiva. Fica muito cheio em frente ao restaurante, eu disse. O porteiro guarda o carro, você não sabia?, ela disse. Sei até demais. Uma vez ele amassou o meu. Quando entramos, Ângela lançou um olhar desdenhoso sobre as pessoas que estavam no restaurante. Eu nunca havia ido àquele lugar. Procurei ver algum conhecido. Era cedo e havia poucas pessoas. Numa mesa um homem de meia-idade com um rapaz e uma moça. Apenas três outras mesas estavam ocupadas, com casais entretidos em suas conversas. Ninguém me conhecia. Ângela pediu um Martini. Você não bebe?, Ângela perguntou. Às vezes. Agora diga, falando sério, você não pensou nada mesmo, quando eu te passei o bilhete? Não. Mas se você quer, eu penso agora, eu disse. Pensa, Ângela disse. Existem duas hipóteses. A primeira é que você me viu no carro e se interessou pelo meu perfil. Você é uma mulher agressiva, impulsiva e decidiu me conhecer. Uma coisa instintiva. Apanhou um pedaço de papel arrancado de um caderno e escrevou rapidamente o nome e o telefone. Aliás quase não deu para eu decifrar o nome que você escreveu. E a segunda hipótese? Que você é uma puta e sai com uma bolsa cheia de pedaços de papel escritos com o seu nome e o telefone. Cada vez que você encontra um sujeito num carro grande, com cara de rico e idiota, você dá o número para ele. Para cada vinte papelinhos distribuídos, uns dez telefonam para você. E qual a hipótese que você escolhe?, Ângela disse. A segunda. Que você é uma puta, eu disse. Ângela ficou bebendo o martini como se não tivesse ouvido o que eu havia dito. Bebi minha água mineral. Ela olhou para mim, querendo demonstrar sua superioridade, levantando a sobrancelha - era má atriz, via-se que estava perturbada - e disse: você mesmo reconheceu que era um bilhete escrito às pressas dentro do carro, quase ilegível. Uma puta inteligente prepararia todos os bilhetinhos em casa, dessa maneira, antes de sair, para enganar os seus fregueses, eu disse. E se eu jurasse a você que a primeira hipótese é a verdadeira? Você acreditaria? Não. Ou melhor, não me interessa, eu disse. Como que não interessa? Ela estava intrigada e não sabia o que fazer. Queria que eu dissesse algo que a ajudasse a tomar uma decisão. Simplesmente não interessa. Vamos jantar, eu disse. Com um gesto chamei o maître. Escolhemos a comida. Ângela tomou mais dois martinis. Nunca fui tão humilhada em minha vida. A voz de Ângela soava ligeiramente pastosa. Eu se fosse você não bebia mais, para poder ficar em condições de fugir de mim, na hora em que for preciso, eu disse. Eu não quero fugir de você, disse Ângela esvaziando de um gole o que restava na taça. Quero outro. Aquela situação, eu e ela dentro do restaurante, me aborrecia. Depois ia ser bom. Mas conversar com Ângela não significava mais nada para mim, naquele momento interlocutório.

O que é que você faz? Controlo a distribuição de tóxicos na zona sul, eu disse. Isso é verdade? Você não viu o meu carro? Você pode ser um industrial. Escolhe a sua hipótese. Eu escolhi a minha, eu disse. Industrial. Errou. Traficante. E não estou gostando desse facho de luz sobre a minha cabeça. Me lembra as vezes em que fui preso. Não acredito numa só palavra do que você diz.
Foi a minha vez de fazer uma pausa. Você tem razão. É tudo mentira. Olha bem para o meu rosto. Vê se você consegue descobrir alguma coisa, eu disse. Ângela tocou de leve no meu queixo, puxando meu rosto para o raio de luz que descia do teto e me olhou intensamente. Não vejo nada. Teu rosto parece o retrato de alguém fazendo uma pose, um retrato antigo, de um desconhecido, disse Ângela. Ela também parecia o retrato antigo de um desconhecido. Olhei o relógio. Vamos embora?, eu disse. Entramos no carro. Às vezes a gente pensa que uma coisa vai dar certo e dá errado, disse Ângela. O azar de um é a sorte do outro, eu disse. A lua punha na lagoa uma esteira prateada que acompanhava o carro. Quando eu era menino e viajava de noite a lua sempre me acompanhava, varando as nuvens, por mais que o carro corresse. Vou deixar você um pouco antes da sua casa, eu disse. Por quê? Sou casado. O irmão da minha mulher mora no teu edifício. Não é aquele que fica na curva? Não gostaria que ele me visse. Ele conhece o meu carro. Não há outro igual no Rio. A gente não vai se ver mais?, Ângela perguntou. Acho difícil. Todos os homens se apaixonam por mim. Acredito. E você não é lá essas grandes coisas. O teu carro é melhor do que você, disse Ângela. Um completa o outro, eu disse. Ela saltou. Foi andando pela calçada, lentamente, fácil demais, e ainda por cima mulher, mas eu tinha que ir logo para casa, já estava ficando tarde. Apaguei as luzes e acelerei o carro. Tinha que bater e passar por cima. Não podia correr o risco de deixá-la viva. Ela sabia muita coisa a meu respeito, era a única pessoa que havia visto o meu rosto, entre todas as outras. E conhecia também o meu carro. Mas qual era o problema? Ninguém havia escapado. Bati em Ângela com o lado esquerdo do pára-lama, jogando o seu corpo um pouco adiante, e passei, primeiro com a roda da frente - e senti o som surdo da frágil estrutura do corpo se esmigalhando - e logo atropelei com a roda traseira, um golpe de misericórdia, pois ela já estava liqüidada, apenas talvez ainda sentisse um distante resto de dor e perplexidade. Quando cheguei em casa minha mulher estava vendo televisão, um filme colorido, dublado. Hoje você demorou mais. Estava muito nervoso?, ela disse. Estava. Mas já passou. Agora vou dormir. Amanhã vou ter um dia terrível na companhia

2 de jun. de 2011

Passeio Noturno, Rubem Fonseca


Cheguei em casa carregando a pasta cheia de papéis, relatórios, estudos, pesquisas, propostas, contratos. Minha mulher, jogando paciência na cama, um copo de uísque na mesa de cabeceira, disse, sem tirar os olhos das cartas, você está com um ar cansado. Os sons da casa: minha filha no quarto dela treinando impostação de voz, a música quadrifônica do quarto do meu filho. Você não vai largar essa mala?, perguntou minha mulher, tira essa roupa, bebe um uisquinho, você precisa aprender a relaxar.Fui para a biblioteca, o lugar da casa onde gostava de ficar isolado e como sempre não fiz nada. Abri o volume de pesquisas sobre a mesa, não via as letras e números, eu esperava apenas. Você não pára de trabalhar, aposto que os teus sócios não trabalham nem a metade e ganham a mesma coisa, entrou a minha mulher na sala com o copo na mão, já posso mandar servir o jantar?A copeira servia à francesa, meus filhos tinham crescido, eu e a minha mulher estávamos gordos. É aquele vinho que você gosta, ela estalou a língua com prazer. Meu filho me pediu dinheiro quando estávamos no cafezinho, minha filha me pediu dinheiro na hora do licor. Minha mulher nada pediu, nós tínhamos conta bancária conjunta.Vamos dar uma volta de carro?, convidei. Eu sabia que ela não ia, era hora da novela. Não sei que graça você acha em passear de carro todas as noites, também aquele carro custou uma fortuna, tem que ser usado, eu é que cada vez me apego menos aos bens materiais, minha mulher respondeu.Os carros dos meninos bloqueavam a porta da garagem, impedindo que eu tirasse o meu. Tirei os carros dos dois, botei na rua, tirei o meu, botei na rua, coloquei os dois carros novamente na garagem, fechei a porta, essas manobras todas me deixaram levemente irritado, mas ao ver os pára-choques salientes do meu carro, o reforço especial duplo de aço cromado, senti o coração bater apressado de euforia. Enfiei a chave na ignição, era um motor poderoso que gerava a sua força em silêncio, escondido no capô aerodinâmico. Saí, como sempre sem saber para onde ir, tinha que ser uma rua deserta, nesta cidade que tem mais gente do que moscas. Na avenida Brasil, ali não podia ser, muito movimento. Cheguei numa rua mal iluminada, cheia de árvores escuras, o lugar ideal. Homem ou mulher? Realmente não fazia grande diferença, mas não aparecia ninguém em condições, comecei a ficar tenso, isso sempre acontecia, eu até gostava, o alívio era maior. Então vi a mulher, podia ser ela, ainda que mulher fosse menos emocionante, por ser mais fácil. Ela caminhava apressadamente, carregando um embrulho de papel ordinário, coisas de padaria ou de quitanda, estava de saia e blusa, andava depressa, havia árvores na calçada, de vinte em vinte metros, um interessante problema a exigir uma grande dose de perícia. Apaguei as luzes do carro e acelerei. Ela só percebeu que eu ia para cima dela quando ouviu o som da borracha dos pneus batendo no meio-fio. Peguei a mulher acima dos joelhos, bem no meio das duas pernas, um pouco mais sobre a esquerda, um golpe perfeito, ouvi o barulho do impacto partindo os dois ossões, dei uma guinada rápida para a esquerda, passei como um foguete rente a uma das árvores e deslizei com os pneus cantando, de volta para o asfalto. Motor bom, o meu, ia de zero a cem quilômetros em nove segundos. Ainda deu para ver que o corpo todo desengonçado da mulher havia ido parar, colorido de sangue, em cima de um muro, desses baixinhos de casa de subúrbio.Examinei o carro na garagem. Corri orgulhosamente a mão de leve pelos pára-lamas, os pára-choques sem marca. Poucas pessoas, no mundo inteiro, igualavam a minha habilidade no uso daquelas máquinas.A família estava vendo televisão. Deu a sua voltinha, agora está mais calmo?, perguntou minha mulher, deitada no sofá, olhando fixamente o vídeo. Vou dormir, boa noite para todos, respondi, amanhã vou ter um dia terrível na companhia.

1 de jun. de 2011

rosae vermillus - o clã das rosas vermelhas (cap 2)

Peguei minhas coisas, fui ver o professor Marcos. Era meu professor de filosofia e história, tinha de vê-lo antes de sair da escola. O professor de quem mais gostava, talvez o único com o qual me importasse na verdade. Queria me despedir, e perguntar algumas coisas. Assustei me ao chegar em sua sala, pois segurava na mão uma rosa vermelha de modo tão profundo, como se fosse falar com ela. Aproximei me da mesa dele e já ia me anunciar quando me interrompeu sem ao menos ter olhado para mim.
- Diga Leandro, meu aluno mais aplicado! - disse ele virando-se para mim, talvez já soubesse antes de olhar que era eu, ou aquilo teria sido um belo palpite. Fiquei surpreso.
- Olá professor Marcos. Vim me despedir e dizer que vou ler sobre os assuntos que pediu, mas precisarei de uma mãozinha com Karl Marx... Vou ter tempo de sobra para ler à respeito mas queria saber se o senhor não poderia me emprestar aquele livro que havia comentado...
- É claro meu jovem! Aqui está. - disse ele me entregando o livro, e antes de apanhá-lo, toquei de leve e sem querer nos dedos de Marcos. Estavam tão frios que pensei até em lhe perguntar se estaria doente, mas o sorriso que este me devolvia era tão amável que deixei pra lá, provavelmente eu estava imaginando coisas. - tempo de sobra você disse, heim? Lembre-se do que Karl Marx dizia; '' o tempo é o campo do desenvolvimento humano''. Boas férias rapaz!
- Obrigado professor! - disse a ele pouco antes de sair de lá. Era um ótimo professor e ser humano, e por trás daquelas lentes retangulares haviam olhos puros e pacíficos. Não conhecia ninguém assim além de Rose, talvez por isso gostasse tanto dele. Trazia-me paz olhar para ele, embora às vezes notasse algo de tristonho naqueles olhos azuis de Marcos.
Assim que deixei a escola, Tiago me encontrou e veio correndo em minha direção. Não era bem quem eu queria ver naquele momento, já que ele só vinha até mim para falar de Rose. Deu um tapinha em minhas costas e começou a me acompanhar.
- E ai, preparado para me dar apoio nessas férias? Somos só nós dois agora amigão! - disse ele, sorrindo para mim como se eu ficasse satisfeito por isso, como se sua ausência em nossa amizade pudesse ser preenchida nas férias já que Rose não iria estar entre nós. O fato é que ele precisaria mais de mim do que eu dele, enquanto Rose não voltasse. Mas tudo bem, afinal eu o considerava meu melhor amigo apesar de todo aquele dilema.
- Vamos estudar e melhorar essas nossas notas Tiago, é o que vamos fazer... - disse logo. Ele deu um sorriso torto, mas não descordou. Depois me cutucou com o braço, avisando que tinha alguém vindo falar com a gente. Olhei, era a Fernanda. Uma garota que Tiago jurava de pé junto que devia ter uma queda por mim. Era bonita, morena e baixa. Aprendi a não confiar nas intuições de Tiago muito cedo, mas também desconfiava que houvesse algo diferente no olhar de Fernada.
- Oi meninos!- disse ela, demorando muito mais o olhar em mim.
- Oi Nanda! - disse a ela, Tiago apenas acenou e sorriu de modo cúmplice. - Vai viajar nas férias ou vai ficar aqui em São paulo também? - perguntei, e ao ouvir isso ela pareceu ficar feliz. Talvez por saber que eu não sairia da cidade. As vezes ela me ligava, talvez quisesse se encontrar comigo nas férias.
- Vou ficar por aqui mesmo... - disse me logo, depois começou a caminhar com a gente. - Vocês vão a festa da Luana? O aniversário dela é hoje... Todo mundo vai.
Olhei para Tiago e ele parecia não saber de nada também.
- Nós somos, hum... Meio que...Sempre excluídos desse tipo de evento sabe? Mas não ligamos muito – disse a ela, e vi um sorriso se desenhar em seus labios carnudos - Você vai?
- Ah! Bom, eu ainda não sei... - disse ela, então saquei logo que estava querendo companhia para a festa. Mentira, só entendi mesmo depois que Tiago me cutucou outra vez no braço sem ela perceber. Sempre fui meio lento.
No final das contas, mesmo sabendo que Tiago me encheria o saco, eu não continuei aquele assunto, e caminhamos quietos até que cada um seguiu seu caminho.
Mais tarde, Tiago ligou, dizendo que Rose iria a festa, e me perguntou se tinha sido boa idéia tê-la deixado ir sozinha, já que ele próprio tinha sido chamado pelo pai para ajudar na mercearia aquela noite, o negócio da família, pois um rapaz tinha se demitido. Deixar Rose ir claramente o incomodava. Porém, não deixá-la ir teria sido algo muito chato no segundo mês de namoro. Rose já havia discutido com ele antes à respeito de seu ciúmes.
Então eu disse a ele para não se preocupar, que Rose era esperta e responsável, mas mesmo assim ele me pediu para ir a festa, só para garantir. Sugeriu que eu convidasse a Nanda, então desliguei o telefone, meio irritado. Será que ele realmente nunca percebia o que eu sentia pela Rose? A tarde virou noite, Tiago não ligou mais. Devia estar trabalhando, e Rose na festa. É claro que eu não iria a festa apenas para espionar Rose, mas também me preocupava com ela. Tentei relaxar, li dois capítulos de um livro até que finalmente adormeci.
Já era de madrugada quando o celular vibrou debaixo de meu travesseiro. Com os olhos ardendo frente à luz do celular, vi que era Tiago ligando outra vez, fiquei irritado com aquilo, mas atendi mesmo assim.
- Cara! Me ajuda, por favor! A Rose sumiu!

31 de mai. de 2011

A DESPEDIDA (o clã das rosas vermelhas)

Os olhos dela pareciam dançar e fitar alguém no horizonte que em verdade, não estava lá.
- Cuida dele pra mim, ta? - disse ela, me fitando de lado numa feição doce que inspirava confiança e esbanjava ternura.
O nome dela era Rose. Tão linda quanto era possível para um ser humano. Seus cabelos castanhos e longos, tal como os olhos verdes e a pele branca e suave lhe pareciam ter sido presenteados por Deus. Era perfeita, e estar perto dela era sempre perfeito para mim também, exceto por um detalhe chato; era o grande amor de meu melhor amigo, Tiago. Haviam começado a namorar há dois meses, após alguns encontros e desencontros. Eu, Leandro, era apenas um amigo em comum entre os dois. Alguém que os uniu e os apoiou, mesmo que por dentro tenha sido despedaçado por ter de desistir daquela que para mim foi à única pessoa amada, sacrificando meus sentimentos pela felicidade de meu melhor amigo.
Ou pelo menos era o que dizia para mim mesmo. No fundo, sabia que minha própria fraqueza era culpada por tudo aquilo. Gostava de Rose muito tempo antes de Tiago vir me contar sobre seus sentimentos por ela, mas nunca tive coragem de dizer nada a ela, e me conformei com a idéia de que jamais passaria disso; um amigo. Foi com grande surpresa que recebi a notícia de Tiago. Os dois estavam juntos e era algo sério. Rose era uma garota difícil, muitos já sabiam disso e admito que não esperava que fosse o meu amigo atrapalhado que conseguiria essa façanha.
- Sabe Leandro, eu sempre achei que a amizade entre vocês era mais forte do que qualquer outra que eu já tivesse visto. Mas acho que não tem muito a ver com isso, a verdade é que você é que protege os laços que tem. Cuida de mim também, e dos nossos amigos. - Rose faz uma pausa, como quem tenta ouvir as próprias palavras, tomava o cuidado de parecer sensível - É claro que Tiago o ama também, e a mim. Mas ele nunca demonstra isso da mesma forma que você, a maneira dele de dizer que nos ama é estar sempre por perto, nos fazendo rir e não nos deixando desanimar por nenhuma bobagem.
- Eu sei... - disse a ela, meio constrangido por aquele momento. Há muito tempo não conversava com ela sozinho, estava tenso. Rose iria viajar por duas semanas, eram férias de meio do ano, nada de escola, assim cada um seguiu seu rumo. Tiago e eu ficaríamos na mesma, mas Rose havia sido convidada por uma prima do interior a passar as férias com ela. Seria um longo e difícil período para mim e Tiago, e uma parte de nós com certeza gostaria de ir com ela. Éramos um ano mais velhos que Rose, ela tinha dezesseis, e nós dois dezessete, diferente dela já tínhamos a preocupação do vestibular. Combinamos de estudar um pouco e tentar melhorar as notas que caíam desde o segundo bimestre. Tiago não se concentrava na escola desde o início do namoro com Rose, e eu meio que me deprimia já há algum tempo por causa daquela situação em que havia me metido, de ser cupido de meu amigo com a garota de meus sonhos. Por isso, minhas notas também caíam, embora não tanto quanto as de Tiago. Sempre fui do tipo que não estudava para a prova e mesmo assim tirava um sete ou oito, se estudasse poderia ser o melhor da turma ou mais, só que apesar de ser inteligente era também preguiçoso. Não podia me concentrar naqueles últimos dias, pensava apenas em Rose, e meu futuro sem ela era vazio e sem importância.
- Então é isso... - disse ela, tentando finalizar aquela estranha conversa, eu mesmo já me sentia perdido. Não sabia ao certo por que de tudo aquilo. - Espero que aproveitem as férias, e vê se cuida do meu gatinho, não deixa ele chegar perto de nenhuma mocréia por ai viu, Leandrinho?
- Está certo, vou cuidar dele sim. Agora chega disso, ainda tem que se despedir dele, não é? Você não viaja amanhã cedo?
- É, mas o Tiago vai passar lá em casa hoje pra jantar, minha mãe quer aproveitar a ocasião pra conhecê-lo melhor sabe... Ele está meio nervoso...
- Ah, é. Ele me disse algo a respeito, tinha me esquecido.
O silêncio nos consumiu por alguns instantes que mais pareciam horas. Enfim ela deu um passo em direção do portão da escola, depois pareceu desistir e veio direto pra cima de mim. Fiquei meio sem reação até que percebi que ela me abraçava. Correspondi. Foi o que bastou para me fazer ficar ainda mais triste pela sua viagem. Mas naquela ocasião, não sabia que aquela seria a última vez em que veria Rose assim. Meu coração nunca poderia suportar perdê-la, e de forma alguma eu poderia ter me preparado para o que estava por vir. Passei a acreditar que nunca tive escolha sobre minhas ações, nos eventos, que viriam a destruir minha vida.
Vi ela se afastar, seguindo em direção ao portão. Sorria para mim em momentos alternados e acenava, parecia decidida a me fazer sofrer com aqueles gestos afetuosos. Pouco antes de desaparecer de vista, notei que um rapaz se aproximava dela para conversar enquanto caminhavam. Reconheci o sujeito, era Charles; o ex-namorado de Rose. Não se conformava com o fim do relacionamento de um ano atrás. Insistia em falar com a garota já há algum tempo, mas teria se tornado ainda mais persistente após o início do namoro da menina com Tiago. Decidi não contar a Tiago, isso apenas o deixaria irritado, e não queria que arrumasse confusão com aquele babaca

30 de mai. de 2011

MINHA PRIMEIRA VEZ

O dia estava quente, do jeito que o diabo gosta.
Peguei meu caderno, minhas canetas, resolvi sair. Precisava sair dali.
Andei pela alameda sombreada observando tudo ao meu redor, as pessoas as ruas, as casas, as árvores tudo parecia fulgurar numa dança louca e exótica através do vapor que saía do chão, aquele mormaço me fazia suar por todos os poros.
Precisava escrever sobre a noite anterior, sobre os gemidos de dor e prazer ainda ecoando na minha cabeça, o cheiro daquele suor de homem emanando da minha pele, a sensação daquele membro rígido e quente me rasgando a pureza há tanto, irrefutávelmente, protegida por minha mãe. Mal ela sabe.
Quando aceitei aquele convite para ir à casa dele eu sabia que a partir daquele momento tudo ia ser diferente. Contei para Fabi sobre o convite e ela me repreendeu: Você está louca? O que você vai fazer na casa de um cara de 27 anos?
E eu respondi: Eu não sei, jogar conversa fora, quem sabe jogar banco imobiliário ou ver um filme, ainda não pensei nisso...
Mentira. Eu sabia exatamente o que ia acontecer. Na realidade eu pensava nisso há mais tempo do que o tempo que eu tinha de menstruação, estava me preparando para esse dia há meses.
Às 15:00 horas cheguei na casa dele. Apertei a campainha. Silêncio. Apertei de novo. Mais silêncio. Empurrei a porta, estava aberta, entrei. Passei pela sala e vi um enorme espelho no qual foquei minha atenção me castigando por não ter ido em casa trocar o uniforme, parecia ainda mais menina com aquela saia e blusa polo. Subi as escadas eram muitos quartos, não sabia qual era o dele, estava me encaminhando para uma porta quando ele me abraçou por trás, cobriu meus olhos com uma venda e disse bem baixinho: Shiii, você é minha hoje, bonequinha...
Ele me levou para algum aposento, senti um cheiro forte de incenso e o calor aconchegante de velas, me posicionou em pé e bem devagar tirou a minha roupa, primeiro a blusa, depois o sutiã, me encolhi, era a primeira vez que outra pessoa além de mim mesma me via nua e ele disse: Bonequinha, você é linda, eu nunca havia visto seios tão lindos assim, sua pele é tão macia e branca, você ainda me deixa louco qualquer dia desses... E beijou meus seios, como se quisesse mamar neles, beijava com força, com vontade, com fome, me senti poderosa, senti que pra ele naquele momento eu era a única coisa do mundo inteiro que ele queria.
Ele se ajoelhou na minha frente, pegou no meu tornozelo e foi subindo, chegou nas minhas coxas e me olhou com uma cara de safado que só ele sabia fazer, que me dava um tesão danado e foi objeto das minhas masturbações diárias nos últimos meses. Foi subindo a mão, me acariciando, senti um calor, uma tontura, e ele me olhando, parecia não querer perder nem um segundo da minha reação, as pernas foram ficando bambas, me faltou o ar e ele chegou na minha calcinha. Com a outra mão abriu o zíper sa saia e disse: Eu adoro calcinha branca de algodão. Tirou-a de um puxão só e cheirou. Adoro o teu cheiro, o teu cheiro de virgindade.
Delicadamente entreabriu minhas pernas e me chupou, eu sentia que um caldo quente descia da minha vagina, um caldo que ele fazia questão de sorver até a última gota. Nem sei por quanto tempo foi. Só sei que gozei, como jamais havia gozado antes, ele enfiava a língua em mim e eu gostava, e gemia e me debatia. Mais, mais, por favor, não pára!
E ele louco de tesão me jogou na cama e tirou a venda, me olhou bem dentro dos olhos e disse: a partir de hoje você é minha, todo pedaço do seu corpo, tudo é meu e nunca mais vai ser de mais ninguém e você nunca vai conseguir me esquecer por que sou eu quem vai te transformar em mulher, bonequinha.
Dito isso, ele me penetrou forte. Gritei, de prazer e de dor. E ele continuou, tirava e colocava gemendo me chamando de gostosa, de linda, me apertava, me dava tapas que me faziam gemer de tesão, quanto mais eu gritava mais o pau dele ficava duro, eu sentia. Ele não aguentou, me virou de quatro e me penetrou, bem devagar, na minha vagina. Segurou meus cabelos compridos e me puxou, penetrando forte e rápido, e eu rebolava no pau dele e pedia mais forte, mais rápido, e mais fundo.
E assim continuou por mais uns 10 minutos, a minha dor e o meu prazer lutavam entre si, e eu sentia aquele homem de 27 anos se desfazendo numa menina de 17 anos, como um animal selvagem que se recostava após a longa caçada. Aquele arfar cansado e um cheiro de porra e sangue, o perfume dele que impregnou na minha pele e o suor que umedecia nossos corpos.
E ele, após 45 min, se rendeu aos meus pés, menininha, bonequinha meiga e delicada que fiz ele gozar fudido, como nunca antes na vida.
Levantei da cama, deixando-o entorpecido com seu próprio orgasmo. Vi uma cartela de cigarros na mesa, fui pra janela e acendi um.
Caralho, agora eu sou mulher

28 de mai. de 2011

NOTA AOS LEITORES :

Bom pessoal,minha primeira postagem não vai ser nenhum conto, minha primeira postagem será para explicar à vocês como vai ser o blog .

  • Tentarei postar pelomenos três vezes por semana.
  • Não confundam conto erótico com pornografia.
  • Qualquer sugestão enviem para o meu e-mail :hunknow1337@gmail.com
  • Comentem todos os contos que lerem. 


Obrigado galera agora é só esperarem as próximas postagens e boa leitura.